O modelo da Escola Moderna Portuguesa considera o sistema de avaliação integrado no próprio processo de desenvolvimento da educação; por isso se dá maior ênfase à função de regulação formativa, muito embora a cooperação em que radicam as práticas educativas possa assumir a dimensão de controlo dado que se implicam paritariamente as crianças nesses juízos de valor em conselho de balanço.
Cultiva-se, na interacção entre as crianças e as educadoras, o que Perrenoud (1991) chamou de observação formativa. Por isso se destacam habitualmente como informantes da regulação formativa, para além da observação espontânea, a que pode orientar-se para os registos colectivos e individuais de produção (mapas e planos descritos anteriormente); as comunicações várias das crianças à classe; o acompanhamento dos processos de produção; as ocorrências significativas registadas no Diário do grupo e o debate e a reflexão em conselho:
A consideração de tais informantes permite uma verdadeira avaliação cooperada, integrada na acção e nas aprendizagens (Niza, 1993). Os pais, para além da colaboração regular que são chamados a prestar ao jardim-de-infância, são convidados trimestralmente a participarem numa reunião de balanço que decorre da exposição das produções e dos registos de planeamento e de avaliação do grupo de crianças de uma sala. Nalguns jardins-de-infância são apresentadas sessões do trabalho dos filhos gravadas em vídeo, e nalguns casos os pais são convidados a simular algumas actividades para poderem compreender e avaliar melhor o seu alcance educativo.