O que fazer quando as notas do 1º Período não correspondem ao que esperávamos?

O final do 1º período de aulas é, na maioria dos casos, sinónimo de reflexão acerca do percurso escolar e, coincidindo com a entrada do novo ano, dá-se também inicio às famosas resoluções.

Ora, o problema é quando nos deparamos com baixos resultados no primeiro período. E agora, o que fazer? Poder-se-ia optar por uma terapia de choque como a que utilizou um Pai americano, obrigando o filho a transportar às costas cartazes com as suas más notas durante um dia inteiro, mas estas não são certamente as melhores estratégias para o sucesso.

Para transformar o insucesso do 1º período no sucesso do 2º há que investir inicialmente num período de análise e reflexão. Sente-se com o seu filho e faça um balanço – escrevam todas as disciplinas e respectivas notas e quais os pontos fortes e fracos da criança face a cada disciplina. Importa perceber se a má nota está ligada com uma questão de dificuldade ou desleixo, para adoptar diferentes estratégias consoante as diferentes causas.

Posteriormente, é importante marcar uma reunião com o Professor, poderá ser o Director de Turma ou aquele em que se notam maiores dificuldades. Assim, o Professor poderá explicar quais os pontos a melhorar e o que poderá ser feito de forma diferente. Os professores são capazes de direccionar especificamente para os pontos e assuntos em que se tem mais dificuldade, ajudando a resolver problemas específicos.

Se o seu filho estiver de facto empenhado, pode sugerir que ele próprio peça uma avaliação extra, isto é, solicitar a possibilidade de trabalhos extra de forma a conseguir uma avaliação complementar. Desta forma ele mostra que quer assumir a responsabilidade pelas notas.

Um dos papéis dos Pais e Educadores é transmitir responsabilidade às nossas crianças, assim é importante que o ensine a não se atrasar para as aulas, dormir bem, não ver TV, jogar computador, etc. no horário em que devia estar a estudar. Converse com o seu filho e ofereça-lhe apoio, mantendo-se assim envolvido.

Por fim, não compare o seu filho com outra criança. Todas as crianças são diferentes, aprendem e crescem de maneira diferente. Além disso a comparação não produz efeitos positivos nem no desenvolvimento da criança nem nas suas aprendizagens.  Se tiver que comparar faça-o relativamente a ela própria e pela positiva, por exemplo “Então se tu foste capaz de fazer aquelas contas na semana passada, por que é que não és capaz de as fazer agora?”

Acredite no seu filho e nas suas capacidades enquanto educador. Boa sorte e bom trabalho para o 2º período!